sábado, 26 de novembro de 2016

Meio vazio e meio cheio



Um dia já sentiste tanta coisa que te fez sentir que nada estavas a sentir. É. É contraditório mas é tão real. Pelo menos uma vez na vida, o teu diamante interior, estava tão cheio que parecia que ia explodir por nada ter dentro. Aquele sentimento de saciamento sem nada estar satisfeito, faz tanto sentido no nosso estomago como na nossa mente. É um sentimento que abarca o corpo inteiro, que se expande do quente do couro cabeludo que passa pelo redondo dos nossos olhos e chega à extremidade da ponta do nariz. Um quente que vai preencher (vaziamente) o coração e que se isola no estomâgo como uma pancada igualmente quente e poderosa, até que nos deixa de parar de ouvir a nossa respiração. Um sentimento mixado entre o medo e a incerteza e ainda um filme tão elaborado na tua cabeça que, por segundos, chegas a acreditar nele. Quando estamos cheios, cheios de nós mesmos, dos nossos dramas internos e externos, conseguimos (des)controlar as ideias e sensações que, quer anatómicamente quer mentalmente, nos deixam vazios de tanto sentir. O sentir faz-nos isso, proporciona-nos o bom de absorver a vivacidade e alegria do nosso dia mas, por outro lado, oferece-nos um vazio tão cheio (de nada e de tudo) que como já não cabe na nossa cabeça, vai instalar-se na nossa forma anatómica.
É tão bom sentir. sentir que a vida nos oferece tantas possibilidades de escolhas a viver, tantas oportunidades que, por vezes, até desperdiçamos e essa é uma das razões que nos faz enaltecer a generosidade imprópria- imprópria para a nossa saúde mental- dos nossos pensamentos tão meio vazios e tão meio cheios. É bom sentir. É bom sentir tudo e não sentir nada. Tão bom sentir nada e sentir tudo ao mesmo tempo. Contudo, adaptamo-nos à nossa forma peculiar de entender o meio vazio e meio cheio que nos faz sufocar nos nossos próprios pensamentos e sentimentos. Presta atenção Diamante, o teu cerebro meio vazio e meio cheio parece explodir, eu sei. Mas escuta. Pára por instantes. Chama-te à atenção a ti própria ou a ti próprio. Ouve-te bem. Entende-te, compreende-te. Lembra-te que o cheio não é assim tão vazio e que és tu própria ou próprio que estás a elucidar, sem lucidez, exacerbando o que tu sentes, o que tu pensas. Nada é tão sem remédio como o que tu sentes, o que pensas. Os teus pensamentos são possíveis de raciocínio e de serem controlados. Controla-te ! Deixa de alimentar a tua insanidade, aquela que tu criaste por tanto pensares (e demais) no que é tão cheio vaziamente. Sê controlada e controlado e entende que para obteres respostas precisas de entender que tudo tem solução.
Soluciona-te a ti própria ou próprio. Eu compreendo o teu diamante, mas preciso que tu, também o compreendas. Pensa nisso.

With Love,

Your Diamond

2 comentários:

  1. Amei essa parte: Controla-te ! Deixa de alimentar a tua insanidade, aquela que tu criaste por tanto pensares (e demais) no que é tão cheio vaziamente. Sê controlada e controlado e entende que para obteres respostas precisas de entender que tudo tem solução.
    Soluciona-te a ti própria ou próprio. Eu compreendo o teu diamante, mas preciso que tu, também o compreendas. ♥

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